Originalmente o “bicudo” habitava desde vegetações arbustivas em ambientes abertos a brejos e banhados, podendo ser considerada espécie fortemente ligada a ambientes próximos à corpos d’água. Aceita habitats mais alterados (como plantações de arroz), por este motivo, a alteração dos ambientes em que vivia é pouco relevante como explicação para seu declínio.Espécie muito rara ou incomum em grande parte de sua distribuição, a reintrodução da espécie não é somente necessária, mas urgente.
Pretende-se estabelecer uma população viável em área de ocorrência original da espécie ameaçada de extinção e esperamos que os serviços ambientais prestados pela espécie (disseminação de sementes, estabelecimento de território com efeitos na distribuição das outras espécies) e os efeitos da reintrodução além dos efeitos espécie específicos (aumento da fiscalização das áreas de soltura), tragam resultados positivos para a conservação.
Além disso, pretende-se disponibilizar marcadores moleculares que serão úteis para a definição da origem geográfica dos animais apreendidos, bem como outras características importantes para o monitoramento e fiscalização da espécie S. maximiliani pelo IBAMA e outros órgãos de fiscalização. Este será um primeiro passo para restabelecer populações naturais para esta espécie que foi fortemente afetada pela pressão humana, conquanto gerando conhecimento genético para manejo para outros biomas onde ocorre.